sexta-feira, 5 de junho de 2015

Diário de pibidiana: Minha primeira experiência com crianças do Quinto Ano


(Adriana Pizatto/Bolsista Pibid/ I Ano de Pedagogia /2015)

Hoje, dia 02 de Junho de 2015, fui responsável pelo momento da leitura, atividade do Projeto “Biblioteca Viva”. Para a atividade, escolhi a história “Campeonato de pum”, organizada por Rosa Muniz e João Soares e ilustrada por Kevelyn Oliveira, que integra a obra “Yoga para crianças”.

Dentre as muitas histórias do livro, escolhi esta por avaliar que o tema interessaria aos alunos do Quinto Ano do Ensino Fundamental. Imaginei que eles se envolveriam por se tratar de um enredo atrativo para adolescentes. Apesar disso, tive muito medo, pois acreditava que seria um “público difícil de agradar”, que não iria participar da história.

A proposta do livro é apresentar, para crianças de diferentes idades, a Yoga por meio de histórias. Essas narram contos e algumas personagens/ações são utilizadas para motivar as crianças a descobrirem seu corpo, experimentando posturas que imitam o avião do Alberto, a árvore, a rainha, entre outras.
Nossa proposta, no PIBID, não é trabalhar o Yoga mas, sim, explorar com as crianças atividades que proporcionem vivências com o movimento e o recontar das histórias, sempre a partir do corpo. Desde o início do ano estamos desenvolvemos este projeto com crianças da pré-escola e ontem ele foi explorado com as crianças do Quinto Ano no momento de leitura na biblioteca.

A história escolhida para ser lida relata uma brincadeira feita por alguns adolescentes em uma garagem, os quais brincam de uma forma diferente, fazendo um “campeonato de puns”. E, com medo de que as meninas descubram o que estavam fazendo, os meninos acendem incensos e os espalham por todo o ambiente, deixando a garagem com um cheiro agradável, diferente que estava antes (cheiro dos puns) e fingem praticar Yoga.

Essa brincadeira, contudo, se torna séria e interessante para as crianças. Assim, a partir desse dia, todos os amigos resolvem que irão se reunir na garagem para praticar Yoga frequentemente, pois percebem que ela uma maneira de se expressar, que promove a tranquilidade e explora a imaginação.

Com as crianças do Quinto Ano iniciei a leitura da obra com a plena certeza de que não iria explorar nenhuma posição de Yoga, iria apenas ler e pronto. Confesso que esperava que aquele momento acabasse logo, pois estava insegura e com medo quanto ao interesse da turma. Contudo, durante o decorrer da atividade, pude ver que os alunos se envolveram e que participaram. Por isso, em um determinado, momento, perguntei se eles gostariam de experimentar algumas posições e, para meu espanto, todos responderam que sim, no maior entusiasmo.

Pedi, então, para que as crianças fizessem, com seu corpo, a “perna de borboleta” e que fechassem os olhos e respirassem bem fundo, para que pudessem ouvir e sentir o movimento. No começo algumas não se concentraram, ficaram dispersas e riram. Então, expliquei-lhes que seria necessário pensar em si e esquecer o outro. A partir daí, elas conseguiram se concentrar e, para minha surpresa, uma das meninas começou a expressar o mantra “OM”, um som utilizado por pessoas que praticam Yoga.

Após isso, exploramos mais uma posição na qual representamos o personagem Rui da história, que, em sua imaginação, faz uma jangada e ensina todos os amigos a velejar. Mas, como horário da leitura na “Biblioteca Viva” já havia se excedido, tivemos que parar (o momento de leitura na “Biblioteca Viva” ocorre no horário do recreio durante 10 minutos). As crianças não queriam sair, disseram que na escola existem “dois sinos” para o recreio acabar e que havia batido apenas um deles e que, portanto, teriam tempo para continuar, mas, infelizmente, não foi possível.

Com esta atividade, aprendi que crianças dos Quintos anos do Ensino Fundamental não são um “público difícil de agradar” e que é possível explorar atividades de movimento com elas, pois, assim como ocorre com as turmas da pré-escola, é importante que esses alunos ouçam o seu corpo, independente da idade, e que experimentem diferentes linguagens e possam se expressar por meio delas.

Com a experiência, superei o medo. Isso ocorreu devido à participação das crianças e ao planejamento que desenvolvi. Gostaria muito de ter outra experiência como esta, porém, em um lugar mais espaçoso, com colchonetes, com um som suave ao fundo e com mais tempo.

Leitura e exploração de movimentos no Projeto Biblioteca Viva. Crianças do Quinto Ano do EF.
 EM Avani C. Fehlauer











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