sexta-feira, 22 de maio de 2015

Semana de 18 a 22 de maio


Na semana que comemorou o Dia do Pedagogo, muitas reflexões nos motivaram a continuar nossa jornada para (re)descobrir, continuamente, os meandros da profissão que escolhemos, apesar das condições das escolas e da desvalorização dos profissionais.

Muitas linguagens rechearam as atividades e envolveram as crianças nos diferentes espaços da escola: na sala de aula, na biblioteca escolar, no parque, no gramado e no entorno. 

As crianças do Pré A foram embaladas por enredos que favoreceram a imaginação, a oralidade, a concentração e o equilíbrio. Ouviram a história "O rei que perdeu pé" e, depois, com o corpo, criaram as formas para as personagens e para as situações que ocorrem na história. Também perceberam que podem usar expressões faciais. Foram desafiadas a prestar atenção em si, no espaço e no outro. Descobriram possibilidades e foram seduzidas por novas conquistas. Também conheceram um material até então não utilizado, o tatame, cuja textura revelou-se uma grata novidade. Somado a isso, as crianças brincaram com canções do Grupo Palavra Cantada, que resgata brincadeiras tradicionais como o "Monjolo", "Da abóbora faz melão"...Experimentaram ritmos e criaram suas próprias regras para brincar.



Bolsistas Adriana e Natália com as crianças da Educação Infantil.

"Da abóbora faz melão, do melão faz melancia...faz doce sinha, faz doce sinhá Maria..."


Na Biblioteca da escola a semana não foi diferente. Muitas linguagens e gêneros textuais encantaram as crianças. Ricardo Azevedo foi o autor eleito para ser apreciado. Elas conheceram seus textos, brincaram com as adivinhas, desenharam e socializaram conhecimentos. 


Biblioteca Viva: Ricardo Azevedo em foco: leituras, conversas sobre os textos e desenho.

Na hora do recreio, entre as leituras e contações, destacamos a do livro “O casamento da Bruxa Onilda”, com apoio das personagens. Além de saborear a narrativa, as crianças recontaram a história. Riram com cada avaliação (negação) da protagonista em relação aos "candidatos ao seu coração"....

Hora do Recreio: Contação "O casamento da Bruxa Onilda". 

A turma do Pré B brincou com a "Canção do carro", do Grupo Rumo (Pedro Mourão), com direito a ritmos, a buzina e até a uma galinha atravessando o caminho. A proposta foi permeada por movimentos com o corpo embalados por enredos que acionaram a imaginação, a oralidade, a concentração e o equilíbrio. 

Antes da atividade da montagem do carrinho e o passeio pela escola, a culminância da proposta, todas brincaram com a letra da canção. 



O Projeto TRILHAS favoreceu aprendizagens no processo de aquisição de leitura e escrita das turmas dos anos iniciais. No II Ano, após a exploração das parlendas (iniciada semanas anteriores), as crianças participaram de uma pequena filmagem a respeito do livro “Salada Saladinha” , o qual foi apreciado posteriormente em sessão de cinema.
"Cadê o toucinho.."?

Da mesma forma, as parlendas permearam a semana do I Ano lidas pelas bolsistas, pelas crianças e pela professora. Destacamos uma intervenção realizada com um menino que mostrou como o TRILHAS favorece que as crianças aprendam a ler lendo textos significativos a partir de desafios que as impulsiona a pensar e a utilizar estratégias.
Pensando sobre a escrita...





quinta-feira, 7 de maio de 2015

Biblioteca Viva: Lolo Barnabé (Eva Furnari)





A Biblioteca da escola Avani está mais viva e a escritora que o 5 Ano do EF conheceu, no dia 28 de abril, foi Eva Furnari e seu livro “Lolo Barnabé”.





No tempo em que os homens moravam em cavernas, a família de Lolo era feliz, “mas .... nem tanto”. Por este motivo, a eterna busca pela satisfação de necessidades favoreceu que  Lolo tivesse ideias e, a partir delas, que criasse outras invenções que foram, a cada dia, gerando novas criações. Algumas dessas ideias foram importantes à sobrevivência da família, outras nem tanto, como o vídeo game e a TV.

O enredo revela as consequências positivas e negativas que o conforto impôs à família de Lolo e fez com que as crianças do quinto ano ficassem atentas e participassem ativamente da narrativa. Durante a leitura, protagonizada pela bolsista UEMS Juliana, pouco ruído se ouvia...só a voz da leitora e os sons do ambiente externo.

Os olhos das crianças acompanhavam as trilhas percorridas pelas páginas do livro. A cada momento do conto, os olhares revelavam  interesse pelo que seria narrado. Risos e movimentos sutis, entre crianças sentadas próximas, indicavam que a narrativa estava interessante.  Elas acharam algumas palavras engraçadas e se divertiram com elas: “Finfo Barnabé, como nome do filho”? “Sutiã, calcinha e cueca de bolinha como invenções?”. E quando o marido levou uma vassourada da esposa? Só risos...

No decorrer da leitura, a cada frase “Todos ficavam felizes”, o grupo, em coro, sem qualquer planejamento repetia: “Nem tanto”, uma antecipação favorecida pela estrutura do conto. As crianças também anteciparam qual seriam as próximas invenção de Lolo, a partia da mediação da Juliana. 





A entonação agradável, e, ao mesmo tempo, ritmada, no tempo certo, ofereceu leveza à história e agilidade ao processo de criação do protagonista. Com a leitura, além de conhecer Furnari, as crianças se deliciaram com o enredo e discutiram as necessidades que afastaram a família. Também aprenderam o que é uma errata.

O tempo foi curto pra tantas opiniões que queriam ser manifestadas e, posteriormente, para explorar as obras de Furnari que estavam à disposição na biblioteca. O tempo no Pibid é nosso aliado menos fiel. As crianças estavam envolvidas, estavam vivendo realmente a biblioteca viva, mas tiveram que retornar à sala. 


Biblioteca Viva Avani 2015:organização do ambiente



O diálogo com a coordenação da escola Avani indicou-nos que a biblioteca precisava ser redimensionada. A bibliotecária responsável precisava apoio e revelou-se parceira dos sonhos do PIBID.

Assim, sob a orientação da Profa. Kátia, as bolsistas Eliane e Juliana reorganizaram o acervo: afastaram o pó, classificaram os títulos, por autores/ categorias, e aproximaram os livros das crianças, acondicionando-os nas prateleiras mais baixas das estantes. 



A partir dessa organização, muitas maravilhas foram surgindo... Muitos títulos  foram nos encantando e despertando em nós, adultos, a vontade de parar tudo para ler, ler e reler... E a cada momento, os autores e autoras  foram ocupando seus lugares de honra na estante, cada qual com seus enredos e ilustrações, revelando quem são os protagonistas desse ambiente: Ana Maria Machado, Ziraldo, Eva Furnari, Ruth Rocha, entre tantos....





Livros sem palavras, poemas, diferentes gêneros e, ao mesmo tempo, um restrito número de exemplares  para atender tantas crianças,  instigou-nos a pensar (e a pensar) como iniciaríamos os trabalhos.

Nesse momento, especificamente, muitas  incertezas e preocupações nos rodeiam: quais crianças deveremos convidar primeiramente para explorar a biblioteca? Será que as professoras  aceitarão  a proposta? Teremos espaço na rotina das turmas? E as crianças, como encantá-las ? Como transformar o espaço em um ambiente vivo, no qual  autores  dialoguem com seus interlocutores? Idealizaremos leituras, contações, ou ambas? Quantos desafios...

E, enquanto o planejamento é construído, por ora, um agradecimento à escola, pela confiança que nos foi depositada e  à  bibliotecária, a qual a chamamos carinhosamente de Lu, que alterou conosco, a organização vigente e planeja um trabalho que será desenvolvido a partir de então.....




Curso: Era uma vez..um conto na escola.uma análise do gênero conto de aventura

  "Era uma vez..um conto na escola.uma análise do gênero conto de aventura"
Ministrante: Profa. doutoranda UEM Juliane Ferreira Vieira.


Iniciamos hoje, mediadas pela Professora Juliane, os estudos a respeito do gênero conto. Aprendemos muito e observamos que há muito, muito que aprender...
Discutimos alguns dos desafios que teremos que aceitar para favorecermos, nos nossos alunos, a construção de sujeitos leitores. Observamos que será fundamental unirmos conhecimentos da Pedagogia com aqueles oriundos da especificidade da língua.
Assim,  se no seu processo de escolarização, as futuras professoras aprenderam sobre a língua tendo como foco a metalinguagem, a partir de hoje, elas discutirão como podem redimensionar suas práticas. Aprenderão  a explorar em sala de aula uma língua concreta, inserida em um contexto, efetivada com determinado interlocutor.

Professora Juliane

Acadêmicas da Pedagogia, bolsistas PIBID e professoras da escola.