sábado, 21 de março de 2015

"Biblioteca Viva" nas salas de atividades das crianças

Desde o início do ano de 2015, exploramos, a todo vapor, a inserção de leituras como atividade permanente como parte do Projeto "Biblioteca Viva". O contato das crianças com histórias e autores ocorre  no espaço das salas, em parceria com diferentes linguagens.


     O vídeo abaixo registra a leitura da história  "Uma girafa e tanto" (Shel Silverstein),  realizada no dia 07 de abril de 2015, no II ano.   
  Primeiramente, o nome do autor suscitou inquietação da turma: "Parece nome de rock", disse um menino e, como a obra possui ilustrações em preto e branco, estávamos ansiosas para saber qual seria a reação da turma. 
   A resposta para a dúvida acima foi sendo obtida no decorrer da leitura,  oferecendo segurança à mediação protagonizada pela acadêmica da UEMS. A estrutura da obra, o enredo atrativo e as rimas que a compõem permitiram às crianças participarem ativamente do processo e utilizarem estratégias para acompanhar o enredo sem conhecê-lo antecipadamente.  No decorrer da atividade, elas retomaram a sequência, de memória, e ajudaram a compor o desenrolar da narrativa. Assobiaram para ilustrar a chegada do flautim, inventaram palavras, utilizaram sinônimos e apresentaram soluções para algumas questões que surgiram, como a proposição de: " [...] só remendar o pneu".....   Também percebemos que meninos e meninas se divertiram com as rimas. Uma criança repetia constantemente: "Rimou de novo, outra rima!!!!", a cada página explorada. Por tudo isso, acreditando na importância de inserirmos leituras e contações de histórias na rotina de crianças como atividade permanente (diária) na sala de aula, avaliamos que as crianças do II Ano se envolveram porque o livro as interessou e despertou seu comportamento leitor.



Outras leituras realizadas nos meses de março e abril:


Leitura na Educação Infantil: Da pequena toupeira que queria saber quem fez coco na cabeça dela (Holzarth , Werne)


Leitura no I Ano do EF: gato pra lá, rato pra cá (Sylvia Orthof)


Leitura na Educação Infantil: Menina bonita do laço de fita (Ana Maria Machado)

Leitura na Educação Infantil; o grande rabanete (Tatiana Belinky)

Leitura na Educação Infantil: Uma girafa e tanto (Shel Silverstein)

quinta-feira, 19 de março de 2015

O que tem na caixa? Que presente é esse?

Descobrir o que havia numa enorme caixa enfeitada com um lindo laço verde e explorar o que havia nela foi o desafio que lançamos às crianças


Hoje retornamos às atividades. Novas turmas e crianças, contudo, no caso das crianças do Primeiro Ano B, já conhecíamos os meninos e as meninas, pois ano passado a maioria frequentava a Educação Infantil.

Mesmo assim, estávamos ansiosas. Como nos receberiam? Como seria nossa atuação, já que elas agora estão no primeiro ano do EF?

Para esboçar o planejamento, partimos do pressuposto que os meninos e meninas, apesar de alocadas no I ano do EF, continuam a manter suas especificidades e particularidades. Por isso, definimos como objetivo nos apresentar, retomar laços; conhecer as crianças novas e permitir que elas se expressassem utilizando diferentes linguagens.



Ao chegarmos à sala, nossa primeira observação foi em relação à organização do espaço físico. Se, no ano passado havia alguns brinquedos, mesas e carteiras adaptadas ao tamanho dos pequenos, este ano os pezinhos das crianças não encostam no chão...

Perguntamos a elas se lembravam-se de nós e o Pibid foi imediatamente mencionado. Cassiano disse que, com o projeto, as crianças cantam, ouvem histórias e que acha isso muito legal.. Ficamos emocionadas com o reconhecimento, o que ampliou nossa responsabilidade neste ano que se inicia. Na sequência, pedimos que elas se sentassem no chão para lermos uma história. Percebemos que essa é uma prática que a professora utiliza, pois revelaram-se acostumadas. 

Leitura do dia: "Bruxa, Bruxa, venha à minha festa?"

 Após à leitura, apresentamos uma caixa grande, envolta com um grande laço de fita e indagamos o que achavam que estava ali: “Deve ser um instrumento musical”, no ano passado sempre era...”
 Na sequência, as instigamos a desvendar suas hipóteses, primeiro oralmente. Muita coisa parecia haver naquela caixa: revólver, flor, livro, papel, helicóptero.... E, quanto mais oportunizávamos as falas das crianças mais elas fantasiavam. Até super-homem com arma de tiro poderia ser retirado dali.... 

"Na turma do 1°A, organizamos a turma em roda, cantamos a música “Na chaminé” para conhecermos os nomes das crianças. Em seguida, utilizamos a música “Os confins da terra”, para criar um suspense sobre o que poderia estar dentro de uma caixa que estava fechada e encapada" (Bolsista Pibid. Relatório, 2015).


Convidamos as crianças a registrar por escrito as suas hipóteses na superfície da caixa... Nossa intenção era que eles tentassem escrever como sabem. Contudo, a primeira criança quis escrever, mas achou a palavra longa. Assim, como queríamos que elas se expressassem, não importava qual linguagem usariam, sugerimos que registrassem por meio de desenhos.

O que será que tem na caixa?
-Não quero escrever!(menino)
-Por que não ? 
-Ele não sabe escrever professora (crianças)
-Vocês querem escrever?
-Também não quero (menina)
-Podem desenhar quem não quiser escrever!!!
 De repente, a tampa da caixa afundou e uma menina visualizou o conteúdo: “- São livros”. Um menino disse: - “São papéis” ... Pensamos que a proposta seria encerrada, que perderiam o interesse, mas não...elas continuaram imaginando, hipotetizando....

Quando a caixa foi aberta, percebemos reações de surpresa, socializadas por meio de oralidade, de expressões faciais e movimentos: -  “Nossa, São livros”... - É a coleção do Itaú, um reconheceu. 

O fato de as obras estarem acondicionadas em envelopes intensificou a surpresa... Olhar o selo (alusivo à personagens a princesa e o sapo)  foi uma novidade e geraram conhecimentos, pois tivemos que explicar a função dos selos.


Após terem descoberto qual obra estava nas caixas, as crianças sentaram no chão para conhecer a história e ler mesmo antes de saber ler convencionalmente (na maioria dos casos). Uma lia para a outra.


Após a exploração individual/coletiva, a solicitação de Cassiano que nos deixou motivadas: “- Podemos sentar na cadeira pra tentar ler com sossego?”.E, aceitando prontamente a sugestão, indicamos que todas as crianças poderiam sentar nas cadeiras para ler, o que favoreceu momentos de concentração individuais e de leituras em duplas.

  
A leitura coletiva foi realizada após as crianças terem explorado a obra, desvendando suas hipóteses sobre as ilustrações, o conteúdo...

"Ao explorarem os livros, observamos que o objetivo de que as crianças manusearem os livros e se familiarizarem com a escrita  foi alcançado e que essa deve ser uma atividade permanente em qualquer turma que vise práticas de letramento. [...] as crianças apreciaram a leitura da história  do início ao fim do livro" (Bolsista Pibid. Diário de Bordo, 2015). 




Oficina: Estratégias de leitura

É possível ler  antes de dominar o código convencionalmente? 
Como favorecer às crianças e adultos em fase de alfabetização experiências de leitura, respeitando seus saberes e lhes oferecendo desafios? 

Este foi o tema da oficina "Estratégias de Leitura", ocorrida hoje.



Aprendemos que a leitura é um processo no qual a criança age ativamente para construir o significado do texto e que suas expectativas, conhecimentos prévios, características do gênero são aportes que devem ser considerados pela escol para superar concepções que postulam que ler é extrair informações do texto escrito decodificando.



Também discutimos a decodificação é apenas um dos procedimentos que utilizamos para ler e que as estratégias de leitura favorecem o processo: antecipação, inferência, verificação e seleção.




Assim como ocorre com as crianças, as alunas Amanda e Natália (primeiro e segundo ano da Pedagogia 2015) receberam apoio da Profa. Vanessa, egressa PIBID,  docente na EM Avani C. Fehlauer.


Para compreendermos como as crianças pensa, suas hipóteses de escrita e planejarmos atividades desafiadoras, inclusive, nos apoiando no Projeto Trilhas, a ser desenvolvido no Pibid, precisamos, primeiramente, discutir concepções de alfabetização na perspectiva construtivista.

Nesse contexto, conhecer e analisar  escritas de sujeitos não alfabetizados para conhecer suas hipóteses e planejar atividades desafiadoras é o maior desafio.




Na discussão do vídeo da TV Escola: Ler sem saber ler, conhecemos possibilidades de práticas articuladas com as discussões teóricas.

terça-feira, 17 de março de 2015

Oficina: Jogos de linguagem Projeto Trilhas de alfabetização

Dias 17 e 19 de abril realizamos estudos voltados à alfabetização. Para isso, conhecemos o Projeto Trilhas.


A experiência de hoje nos ensinou que a exploração com os jogos de linguagem favorece a atenção das crianças para as estruturas sonoras e gráficas das palavras. Os jogos com/sobre a linguagem possibilitam a ampliação do vocabulário; a compreensão do sistema de escrita alfabética; a percepção da lógica da relação entre som e grafia e a desenvolver a consciência fonológica (palavras formadas por diferentes sons/ grupos de sons e que elas podem ser segmentadas em unidades menores).

Os jogos de linguagem permitam que meninos e meninas reflitam a respeito da língua em situações de uso e  que vivenciem a metalinguagem (linguagem usada para descrever outra linguagem; a linguagem descreve a si mesma) e a metacognição (levar cada aluno a discutir e a pensar sobre como faz as coisas, sobre como aprende). 


Explorando os Jogos de linguagem Trilhas. 

São muitas as possibilidades de se jogar com a linguagem e sobre a linguagem, e cada tipo de jogo favorece o desenvolvimento de diferentes aspectos no aprendizado da língua. Os  jogos que priorizam os aspectos gráficos/alfabéticos exploram o significado e vocabulário e  apresentam a possibilidade de trabalhar com os aspectos morfológicos (estrutura das palavras).

Pontuando as aprendizagens que eles favorecem às crianças. 

Jogos que exploram os aspectos sonoros: compostos de palavras (fonemas e sílabas) a serem construídas, contudo, não estão limitados a isso pois também existe apoio escrito. O objetivo é que as crianças possam compreender que as palavras são sequências de sons representados graficamente e reflitam sobre os aspectos gráficos e alfabéticos.

Descobrindo opções para que a proposta desperte desafios. 

Jogos que focalizam aspectos gráficos/alfabéticos: favorecem a relação entre o oral e o escrito; são pautados em situações em que as crianças pensam a respeito da representação gráfica, sobre os elementos iguais/diferentes das palavras e sobre as letras/partes que as compõem. Com isso, elas analisam a língua a partir de sua representação gráfica e sua relação com o sonoro.

Identificando demandas pra explorar o material com as crianças.

 Jogos que destacam aspectos morfológicos:  no jogo Bichos malucos, as crianças criam novos nomes/significados a partir da estrutura de diferentes palavras.

Criando novas formas de jogar.  


Jogos que priorizam os aspectos de significado e vocabulárioas crianças analisam a língua a partir do significado que as palavras e expressões trazem. São desafiadas a encontrar palavras que significam o contrário de outra ou identificar aquelas que pertencem ao mesmo campo semântico (dias da semana, frutas etc.). Tais jogos favorecem que elas compreendam os diferentes usos e significados das palavras e têm como objetivo explorar o léxico ligado a determinadas situações.

(Fonte: Caderno Trilhas de Jogos).

sábado, 14 de março de 2015

Marcha soldado

Entre os saberes explorados com as crianças da pré-escola, a linguagem musical centralizou os objetivos traçados. Hoje brincamos de soldado, exploramos movimentos, gestos e expressões.
Cantamos e marchamos acompanhados por ritmos diferentes e parlendas.


Exploramos intensidade, altura...enfim, brincando silêncio e som direcionaram nosso fazer docente...
Nem precisamos descrever o interesses e a participação das crianças...




sexta-feira, 13 de março de 2015

Reunião do Fórum Permanente de Educação Infantil (Dourados-MS)

Hoje, 13 de abril de 2015, ocorreu em Dourados, a reunião mensal do FORUMEIMS. O evento contou com a participação especial das crianças da EM Avani C. Fehlauer, com apoio das bolsistas do Pibid.


Abaixo um registro de uma releitura da brincadeira "O pano encantado", de Lia Chamusca....


Crianças da EM Avani C. Fehlauer e a releitura da brincadeira Pano Encantado, de Lu  Chamusca