terça-feira, 31 de outubro de 2017

7º Encontro brincante Pibid Abayomi



Alice dos Santos Brasileiro
(Bolsista Pibid Abayomi II Ano de Pedagogia UEMS)

Sábado, 28 de outubro de 2017, realizamos o 7º Encontro Brincante Abayomi com entusiasmo e nervosismo para que se ocorresse tudo certo, pois tínhamos muitos desafios.



Nós planejamos diversas atividades e tivemos como objetivo explorar a obra de Keith Haring, ampliar o repertório cultural das crianças, brincar, construir autonomia e trabalhar em grupos.
 Infelizmente, o tempo foi pouco e o que estava previsto no planejamento não ocorreu por completo. Mesmo assim, foi incrível! O evento superou as expectativas, as crianças demonstraram muito interesse. Elas conheceram Keith Haring e suas obras por meio da contação com apoio do livro e também de slides. Este artista gostava muito de pintar e desenhava em vários lugares, como em carro, camisetas, muros. Sua obra é interpretada diferente por cada pessoa, assim nosso objetivo também foi fazer com que as crianças pensassem o que a arte significa para elas. Discutindo as imagens elas questionaram e criaram hipóteses:
“É um desenho abstrato?!”, “ele está se mexendo!” 
- “Bebê radiante, foi por causa do sol?”.



Quando a professora Giana problematizou sobre a obra de Haring, uma menina recordou de sua aula de artes: “Pontilhismo: eu estou fazendo isso na aula de artes”. O autor utiliza muito a técnica do pontilhismo e linhas em suas obras, e, quando questionadas do que significavam,  uma das crianças respondeu: “Amor”.
Entendemos que todas as crianças foram tocadas e se mostraram interessadas em conhecer as obras de Keith e expressaram o que significava para elas. Até um bebê de dois anos, ao ver a obra, se expressou admirado: “Jacaré!”, 

Seguimos como planejado: a próxima atividade foi dividir as crianças em grupos, mediados pelas professoras em formação. Desta forma, as crianças construíram as silhuetas umas das outras sobre o papel manilha em várias posições. Depois, pintaram com diversos instrumentos: sementes, cascas de ovo, papéis. Essas silhuetas tiveram como referências as obras de Haring, que desenhava corpos.



Percebemos que as crianças conversavam umas com as outras no momento da produção e vivenciaram autonomia ao negociar propostas e guardar materiais. 
No final da tarde, s crianças se divertiram nas brincadeiras de roda. Sempre ficam ansiosas por esse momento. Com isso, se expressaram, sorriram, dançaram, pularam, brincaram, cada uma se manifestou de uma forma.


Quando encerramos as atividades as crianças convidaram seus familiares para visitar a exposição de arte e pediram para levar suas obras para casa. Dessa forma, compreendemos que a proposta teve significado para elas. 
Entendemos que conseguimos atingir nossos objetivos. No evento, crianças entre 2 anos à 10 anos aprenderam um pouco sobre pontilhismo, linhas, Keith Haring ou seja, sobre arte. Isso não ocorreu de forma mecanizada, mas brincando. 
Também aprenderam a dividir materiais e a interagir com crianças e adultos. Por fim, se expressaram de várias formas: desenhando, pintando, comentando, interpretando as obras com seu ponto de vista, expressando movimentos corporais, sorrindo, batendo palmas. Definitivamente foi um encontro, com muita arte, literatura e brincadeiras.






Apresentações de trabalho Pibid no ENEPEX 2017

Nos dias 03 e 04 de outubro de 2017, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizaram o IV Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão – ENEPEX 2017.

Na ocasião, as bolsistas do Pibid da Escola Avani C. Fehlauer apresentaram atividades desenvolvidas no âmbito do Pibid:




Pesquisa Pibid no Enepex 2017

Nos dias 03 e 04 de outubro de 2017, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizaram o IV Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão – ENEPEX 2017.

 Na ocasião, a bolsista Suzana Cançado apresentou sua investigação acerca do Pibid UEMS da Escola Avani C. Fehlauer, orientada pela coordenadora de área da Pedagogia na referida escola:


O estudo de Caso investigou a avaliação de duas professoras, egressas do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade de Dourados, acerca da contribuição do Projeto Trilhas para a construção do seu fazer docente e para a aprendizagem das crianças. 

As professoras que participaram do estudo foram bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- Pibid, nos anos de 2012 a 2015. 

Para desenvolver o estudo, a pesquisadora, inicialmente, participou das atividades do Pibid, na Escola Municipal Avani C. Fehlauer, localizada em Dourados–MS, durante seis meses, no ano de 2016, para conhecer o material e como ele pode ser aplicado no trabalho com as crianças. No segundo semestre, a acadêmica realizou estudos teóricos do material Trilhas e de autores construtivistas. Posteriormente, foram aplicados questionários, com perguntas estruturadas e semiestruturadas, com as colaboradoras do estudo, seguido da tabulação dos dados, da análise e da construção de relatório. Foram definidas e analisadas algumas categorias: qual sequência didática Trilhas vivenciada no Pibid foi significativa para as bolsistas e o motivo; sua avaliação sobre a viabilidade de utilizar o Trilhas na sala de aula regular; as experiências das professoras com o Trilhas após a conclusão do curso de Pedagogia; a contribuição do Trilhas para a formação das professoras alfabetizadoras; a contribuição do material do Trilhas para a aprendizagem das professoras relacionadas ao planejamento de propostas ligadas à alfabetização em uma perspectiva construtivista; quais conteúdos veiculados no curso de Pedagogia estabeleceram diálogo com os teóricos do material enviado pelo MEC. 

Como resultado, a pesquisa revela que o Pibid Pedagogia UEMS foi importante para a construção do fazer docente das professoras e que o uso do material Trilhas como apoio nesse processo contribuiu muito com o resultado, pois ajudou-as na construção autônoma do fazer docente na alfabetização, tornando-as capazes, agra como docentes, de relacionar teoria e prática para planejar sequências didáticas calcadas em uma postura construtivista sem precisarem consultar o material. 

Seminário de Avaliação do Pibid UEMS UFGD



Dias 25 a 27 de outubro ocorreu o Seminário de Avaliação do Pibid UEMS, em parceria com a UFGD, com objetivo de discutir o  desenvolvimento do programa nos últimos quatro anos. O evento contou com palestras dos professores Nilson Souza Cardoso e Alessandra Assis, além de grupos de trabalho entre os pibidianos.

Defesa TCC Jaqueline Areco

O mês de outubro contou com a primeira defesa de Trabalho de conclusão de curso referente ao Pibid da Escola Avani C. Fehlauer: Jaqueline Areco de Queiroz ouviu as crianças sobre o Projeto Biblioteca Viva 2016. Abaixo fragmentos da investigação:










“Olha aí, tem juiz e advogado’’


Amanda Ladislau
Larissa Valenzuela

Estamos desenvolvendo um projeto na sala do 5º ano A pelo Pibid, na EM Avani Cargnelutti, do município de Dourados-MS. O projeto tem como objetivo apresentar às crianças músicas de qualidade para que elas conheçam diversos gêneros musicais. No segundo semestre, após termos explorado o poeta Luiz Gonzaga, estamos analisando o gênero Funk, nosso intuito é contribuir no desenvolvimento de um olhar crítico das crianças para essas músicas.



No dia 31 de outubro, levamos para a aula a letra do Funk; Vai Embrazando- MC Zaac”, previamente escolhida pelas crianças, para que elas pudessem analisar.  Após todos criarem argumentos contra e a favor, na aula anterior (dia 31), decidimos criar um júri tendo como "réu" a música “Vai embrazando”. Para isso, dividimos a turma em advogado de defesa, promotor, testemunha e jurados. Para a escolha do promotor e do advogado de defesa as próprias crianças fizeram uma votação entre elas.

Percebemos que a escolha do promotor foi feita pela afinidade e não por estar o aluno preparado, pois, a testemunha assumiu o papel do advogado durante quase todo júri simulado.

Durante as perguntas para as testemunhas, surgiram argumentos e afirmações que nos chamaram atenção:

“Então, você não liga para as letras das músicas que você escuta?’’
A senhorita não liga da mulher ser um objeto?”
“Essa música afirma que’ tu tem cara de safada’ e diz que a mulher é um objeto”.

No começo, a turma estava tímida e quase não participava, porém, quando a vergonha passou, todos quiseram participar e até utilizaram a letra da música para contestar os argumentos dos advogados, entre eles de que a mulher é objeto. Diante disso, uma das meninas disse: “você é homem e foi um homem que fez a letra”. Então, o menino que era uma das testemunhas respondeu: “só porque sou homem eu abuso de mulheres? Então só porque você é mulher tem que lavar louça em casa?”
Após isso, reunimos todos os jurados para uma votação a fim de saber se eram a favor ou contra. E assim, ficou 11 a 7 para os contras. Finalizamos então, acusando a música e como punição devem ficar no mínimo 5 dias sem ouvir a canção.
Antes de encerrar, uma garota disse: “Estamos tendo uma aula de advocacia, olha aí, tem juíz e advogado”