terça-feira, 27 de outubro de 2015

Jogos Trilhas de linguagem na sala de alfabetização

Giana Amaral Yamin (Bolsista Capes UEMS)



De acordo com orientações do Caderno de Jogos Trilhas, os jogos com rimas ajudam a criança a desenvolver a consciência fonológica (tomam consciência de que as palavras são formadas por sons ou grupos de sons e que elas podem ser segmentadas em unidades menores). Diante disso, o jogo Rimas caracteriza-se entre aqueles que favorecem a análise das rimas e das partes sonoras iguais e diferentes que compõem as palavras (fonemas e sílabas). E, apesar de priorizar o aspecto sonoro,  oferece apoio escrito para ajudar que as crianças compreendam, gradativamente, que as palavras são sequências de sons representados graficamente e, a partir daí, reflitam acerca dos aspectos gráficos e alfabéticos.

Material Trilhas

Com a experiência de hoje, desenvolvida pelas pibidianas Maria Aparecida e Maiara, no primeiro ano do EF, evidenciamos desafios para as crianças e para as professoras em formação, entre eles como introduzir um jogo para a sala toda? Como ensinar as regras? Como favorecer um trabalho em grupos de forma a garantir que as crianças pensassem sobre a escrita para identificar as rimas?


Mediação orientada pela profa. Silvani Vilar.

Foram tantas aprendizagens....

No caso das pibidianas, elas perceberam a importância de resgatarem a atividade anterior, que integra a sequência didática. Também relembraram com as crianças o conceito de rima, brincaram e experimentaram as palavras. 

Somado a isso, para garantir que a atividade com o jogo favorecesse a consciência fonológica (reflexão sobre os segmentos sonoros da palavra), a partir da identificação das rimas, as pibidianas reuniram as crianças em um grande grupo e o jogo foi realizado coletivamente, por duas vezes. Também identificaram, com as crianças, as ilustrações do jogo para que elas não confundissem perereca com sapo e que a carambola, uma fruta incomum, fosse reconhecida.

Como as crianças já haviam tido uma primeira experiência com o material coletivamente, foi possível que os grupos, inicialmente, tentassem fazer suas descobertas sozinhos, esperando pela mediação de um adulto. No dia de hoje estávamos em quatro professoras, mas se as crianças estiverem acostumadas a essa prática, é possível a intervenção da professora da sala mesmo sozinha. Outra possibilidade é alterar os grupos: um explora os jogos e o outro realiza outra atividade (brincar, leitura).

As crianças revelaram a construção da autonomia no decorrer do jogo. Discutiram opiniões e convenceram o colega que “Peteca e boneca são iguais sim!”. Cada grupo jogou utilizando uma regra, orientado pelas pibidianas, para atender, naquele momento, as necessidades de aprendizagem do material.  As futuras professoras também utilizaram várias estratégias para que as crianças percebessem o som das palavras...Até inventaram pequenas canções....

Já as crianças verbalizaram as estratégias que utilizaram para tentar identificar as palavras. Algumas basearam-se nos desenhos e desprezaram o escrito. Outras identificaram as rimas exatamente focando os aspectos gráficos até perceber os orais: “Termina igual, olha...”. Em alguns casos, também leram sem saber ler, estabelecendo relação entre oral-escrito.

Há muito mais a observar e a refletir sobre a experiência. Por ora, sabemos que é preciso retomar o jogo na sala, desta vez, organizando os grupos considerando as hipóteses de escrita das crianças. Isso é algo a ser avaliado....

Ah! As crianças conversaram, sim, falaram alto, mas isso não se configurou como desordem...elas estavam argumentando, pensando e, assim, aprendendo.... abaixo, alguns fragmentos...










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