quinta-feira, 19 de março de 2015

O que tem na caixa? Que presente é esse?

Descobrir o que havia numa enorme caixa enfeitada com um lindo laço verde e explorar o que havia nela foi o desafio que lançamos às crianças


Hoje retornamos às atividades. Novas turmas e crianças, contudo, no caso das crianças do Primeiro Ano B, já conhecíamos os meninos e as meninas, pois ano passado a maioria frequentava a Educação Infantil.

Mesmo assim, estávamos ansiosas. Como nos receberiam? Como seria nossa atuação, já que elas agora estão no primeiro ano do EF?

Para esboçar o planejamento, partimos do pressuposto que os meninos e meninas, apesar de alocadas no I ano do EF, continuam a manter suas especificidades e particularidades. Por isso, definimos como objetivo nos apresentar, retomar laços; conhecer as crianças novas e permitir que elas se expressassem utilizando diferentes linguagens.



Ao chegarmos à sala, nossa primeira observação foi em relação à organização do espaço físico. Se, no ano passado havia alguns brinquedos, mesas e carteiras adaptadas ao tamanho dos pequenos, este ano os pezinhos das crianças não encostam no chão...

Perguntamos a elas se lembravam-se de nós e o Pibid foi imediatamente mencionado. Cassiano disse que, com o projeto, as crianças cantam, ouvem histórias e que acha isso muito legal.. Ficamos emocionadas com o reconhecimento, o que ampliou nossa responsabilidade neste ano que se inicia. Na sequência, pedimos que elas se sentassem no chão para lermos uma história. Percebemos que essa é uma prática que a professora utiliza, pois revelaram-se acostumadas. 

Leitura do dia: "Bruxa, Bruxa, venha à minha festa?"

 Após à leitura, apresentamos uma caixa grande, envolta com um grande laço de fita e indagamos o que achavam que estava ali: “Deve ser um instrumento musical”, no ano passado sempre era...”
 Na sequência, as instigamos a desvendar suas hipóteses, primeiro oralmente. Muita coisa parecia haver naquela caixa: revólver, flor, livro, papel, helicóptero.... E, quanto mais oportunizávamos as falas das crianças mais elas fantasiavam. Até super-homem com arma de tiro poderia ser retirado dali.... 

"Na turma do 1°A, organizamos a turma em roda, cantamos a música “Na chaminé” para conhecermos os nomes das crianças. Em seguida, utilizamos a música “Os confins da terra”, para criar um suspense sobre o que poderia estar dentro de uma caixa que estava fechada e encapada" (Bolsista Pibid. Relatório, 2015).


Convidamos as crianças a registrar por escrito as suas hipóteses na superfície da caixa... Nossa intenção era que eles tentassem escrever como sabem. Contudo, a primeira criança quis escrever, mas achou a palavra longa. Assim, como queríamos que elas se expressassem, não importava qual linguagem usariam, sugerimos que registrassem por meio de desenhos.

O que será que tem na caixa?
-Não quero escrever!(menino)
-Por que não ? 
-Ele não sabe escrever professora (crianças)
-Vocês querem escrever?
-Também não quero (menina)
-Podem desenhar quem não quiser escrever!!!
 De repente, a tampa da caixa afundou e uma menina visualizou o conteúdo: “- São livros”. Um menino disse: - “São papéis” ... Pensamos que a proposta seria encerrada, que perderiam o interesse, mas não...elas continuaram imaginando, hipotetizando....

Quando a caixa foi aberta, percebemos reações de surpresa, socializadas por meio de oralidade, de expressões faciais e movimentos: -  “Nossa, São livros”... - É a coleção do Itaú, um reconheceu. 

O fato de as obras estarem acondicionadas em envelopes intensificou a surpresa... Olhar o selo (alusivo à personagens a princesa e o sapo)  foi uma novidade e geraram conhecimentos, pois tivemos que explicar a função dos selos.


Após terem descoberto qual obra estava nas caixas, as crianças sentaram no chão para conhecer a história e ler mesmo antes de saber ler convencionalmente (na maioria dos casos). Uma lia para a outra.


Após a exploração individual/coletiva, a solicitação de Cassiano que nos deixou motivadas: “- Podemos sentar na cadeira pra tentar ler com sossego?”.E, aceitando prontamente a sugestão, indicamos que todas as crianças poderiam sentar nas cadeiras para ler, o que favoreceu momentos de concentração individuais e de leituras em duplas.

  
A leitura coletiva foi realizada após as crianças terem explorado a obra, desvendando suas hipóteses sobre as ilustrações, o conteúdo...

"Ao explorarem os livros, observamos que o objetivo de que as crianças manusearem os livros e se familiarizarem com a escrita  foi alcançado e que essa deve ser uma atividade permanente em qualquer turma que vise práticas de letramento. [...] as crianças apreciaram a leitura da história  do início ao fim do livro" (Bolsista Pibid. Diário de Bordo, 2015). 




Um comentário:

  1. Parabéns à Gizelia e Maria Aparecida, bolsistas Pibid Pedagogia UEMS, pela atividade!!!!

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