sexta-feira, 5 de maio de 2017

Olha, ‘virou’ outra cor!

Denise Yukari Iiyama (III Ano do Curso de Pedagogia)

Na manhã desta quinta-feira, 04 de maio de 2017, na Escola Municipal Avani Cargnelutti Fehlauer, na sala do 1º ano, dando continuidade à sequência didática,  relembramos, com as crianças, das brincadeiras que a personagem do livro “Ana e seus tapetinhos de ioga (SHARDLOW, 2014) fazia com o seu corpo. Na sequência, as convidamos, após os combinados, a pintar usando a técnica do giz de cera derretido para montar uma das partes do arco-íris que comporá o final da seqüência.

Na história, protagonizada por Ana, a menina realiza Ioga no seu tempo livre (recreio) em sua escola. Para isso, a cada dia, ela usa um tapete de cor diferente para suas posições, quando ela se concentra e "viaja pelo mundo". Hoje, lemos  a parte da história na qual  Ana usa o tapete vermelho... Assim, depois, desenvolvemos com  a turma a técnica com o tom vermelho e suas nuances. O objetivo é montar um arco-íris, assim como ocorre no livro.

Enquanto experimentavam o desenho, percebi aprendizagens nas crianças. Elas fizeram muitas experiências com o material. Um dos momentos que me chamaram atenção foi quando uma manina sobrepôs o giz de cera da cor vermelha sobre o giz de cera da cor branca no desenho de Henrique. Quando ambos observaram o giz derreter e deslizar sobre a vela branca disseram: “Olha, se misturar dois vira outra cor!” (se referido à tonalidade rosa), e “se misturar dois [gizes] a folha fica alta” (notou a alteração da textura na folha quando passou o dedo em cima do giz de cera derretido e no papel desenhado, uma consequência da ondulação do excesso de giz ou de pingos em um único lugar.


 Outra criança, no início, não teve paciência para esperar o giz de cera derreter para, depois, colorir o papel. Assim, notamos que a atividade, para ele, não estava sendo significativa. Mas, com a ajuda de professora, ao final, ele notou que “a pressa é a inimiga de tudo”. Compreendeu que o giz de cera, caso chegasse ao ponto de aquecimento, resultaria na cor desejada. Dessa forma, o menino finalizou a atividade como todas as crianças.
Henrique também fez descobertas: percebeu que se segurasse o giz mais tempo perto do fogo ele “fica preto”, e que se demorasse muito ele vira massinha também” (referindo-se à  textura que o giz de cera adquiriu quando esquentou demais ). Henrique, ao final, socializou com outro grupo e disse: “ Olha, profa, a vela do outro lado, tá pequenininha...”. E realmente a vela estava no final, pois a base se encontrava derretida, com as nuances de várias cores, tendo a cor vermelha em destaque...



Um aluno com deficiência, neste encontro, foi incluso com êxito. As crianças que estavam em seu grupo deixaram que ele pegasse a vela para sentir o que estava acontecendo. O menino possui visão baixa, e, com o apoio da Pibidiana Adriana e o da professora Cida, realizaou a atividade. Inicialmente, elas encontraram dificuldade, pois, a folha sulfite escorregava fazendo com que a criança não conseguisse firmeza para fixar o giz, o que gerou intervenção. Para resolver a questão, Adriana colou a folha, O que gerou resultados positivos. Essa criança nos ensinou nesse dia, pois imaginávamos que ele não conseguiria participar e que se assustaria com a presença do fogo. Com isso, aprendemos que, com ele, podemos desenvolver as mesmas atividades propostas para a turma, porém com adaptações. Esse momento, para nós, pibidianas, foi um desafio , porém o resultado foi um incentivo para continuarmos inserindo novas técnicas de pintura nessa turma e terminarmos o arco-íris e Ana. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário