sábado, 3 de setembro de 2016

XIII Endipe: apresentação de trabalhos do Pibid




O PAPEL DO GÊNERO RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE PROFESSORAS EM FORMAÇÃO

Juliane Ferreira Vieira (PG-Universidade Estadual de Maringá - UEM)
Giana Amaral Yamin (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS)

Resumo: Este estudo está vinculado à investigação intitulada “O que é ser professor/a? Olhares e saberes da escola (re)construídos das/os bolsistas Pibid/UEMS” e objetiva analisar o gênero relato de experiência, quanto ao tema apresentado, escrito por graduandas do curso de Pedagogia, as quais desenvolvem atividades relacionadas ao Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). Essas atividades foram desenvolvidas em uma escola municipal de Dourados, estado de Mato Grosso do Sul. Após realizarem o planejamento, com orientação, as pibidianas desenvolveram as atividades propostas nas salas de aulas e na biblioteca da escola. Em seguida, relataram por meio da escrita como desenvolveram suas atividades. Esses relatos foram lidos e revisados pela coordenadora de área, os quais foram devolvidos para a reescrita. São esses relatos de experiência o corpus deste estudo, os quais são analisados quanto ao seu papel na formação de professoras em formação, tendo em vista que se tratam de futuras agentes de letramento. Assim, esses relatos de experiências do Pibid foram analisados adotando a perspectiva teórica do Círculo de Bakhtin, observando os temas que emergem de seu uso. Os gêneros são concebidos como formas flexíveis de enunciados, não sendo vistos como estruturas fixas e fechadas em si. As análises demonstraram que o gênero relato de experiência do Pibid  apresenta diferentes papéis, como ser um instrumento de avaliação/reflexão do processo de ensino-aprendizagem por parte da professora em formação; apontar resultados de tomadas de posicionamentos político-judiciais na educação de Mato Grosso do Sul; indicar a avaliação de professores com relação ao Pibid e a seus conteúdos; mostrar como é o processo de alfabetização no Pibid-Pedagogia-UEMS; demonstrar a concepção de criança apresentada pelas professoras em formação. Verificou-se ainda que os relatos de experiências do Pibid têm papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem de professoras em formação, pois proporciona o desenvolvimento de competências linguístico-discursivas, além de se compor como um instrumento basilar para as futuras pedagogas e também para suas vidas sociais.
Palavras-chave: Gênero relato de experiência; Formação Docente, Pibid.





“É POSSÍVEL ALFABETIZAR SEM CARTILHA”:
APRENDIZAGENS CONSTRUÍDAS POR PROFESSORAS EM FORMAÇÃO

Giana Amaral Yamin
Juliane Ferreira Vieira

Este artigo apresenta resultados de uma investigação acerca das aprendizagens, voltadas ao trabalho docente com alfabetização, (re)construídas por discentes do curso de Pedagogia. A experiência foi desenvolvida por bolsistas do Programa Institucional de Apoio à Docência (Pibid), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), com crianças de primeiro e segundo anos do Ensino Fundamental, da cidade de Dourados (MS), nos anos de 2014 e 2015. O planejamento das atividades das pibidianas foi orientado por autores da área que indicam para o respeito à especificidade das crianças e pelo conceito de alfabetização como um conjunto de experiências que oferecem múltiplas possibilidades. Como resultado, a pesquisa revela que a experiência do Pibid contribuiu significativamente para a construção do fazer docente das professoras em formação, pois favoreceu a articulação da teoria e da prática no campo da alfabetização. As bolsistas apropriaram-se de saberes que desconstruíram modelos e concepções do ato de alfabetizar, vivenciaram metodologias que favorecem às crianças pensarem e agirem sobre   o conhecimento, como também observaram a mudança de postura de meninos e meninas que não aceitavam pensar sobre a escrita. Ao mesmo tempo, as licenciadas em Pedagogia constataram que, se bem organizados, os trabalhos em grupos são possíveis e necessários na escola e desmistificaram concepções de que é impossível elaborar atividades para atender as hipóteses de leitura de crianças de uma mesma turma. Somado a isso, conceitos discutidos no âmbito do curso de Pedagogia, foram revisitados. Conteúdos como estratégias de leitura, consciência fonológica e hipóteses de escrita passaram a ter um sentido diferenciado. Conhecer as funções de um professor problematizador também foi um aprendizado real, que ocorreu no Pibid para além da teoria.
Palavras-chave: Pibid, alfabetização, formação de professores.










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