A partir de hoje inseriremos no blog algumas falas das crianças do Avani.
Realizamos uma atividade pedindo que elas se avaliassem o Pibid para repensarmos os trabalhos que realizaremos o ano que vem (sim, acreditamos que daremos continuidade aoa nossos projetos) e, também, para que sensibilizem a sociedade acerca da importância do Programa.
Vivian, 11 anos de idade, a respeito do Pibid, especificamente do Projeto Biblioteca Viva, assim se manifestou:
Discutir
possibilidades para realização de vivências musicais, articuladas a outras linguagens no cotidiano da Educação Infantil e socializar experiências com brincadeiras cantadas, histórias e jogos sonorizados, construídas durante nosso percurso como pibidianas, foram os objetivos que direcionaram as atividades da oficina de Musicalização, ocorrida na tarde de 19 de novembro, no I Congresso de Educação da UFGD.
As atividades foram protagonizadas pelas pibidianas Giana Amaral Yamin, Maria Aparecida Duarte Alegre, Mirlene Dalio e pela licencianda em Pedagogia, Nair Machado, a quem agradecemos a participação.
Hoje foi uma manhã MUITO especial. Recebemos o grupo de pibidianas da UFMS (Naviraí), coordenado pela professora Larissa W. T Montiel, para trocas de experiências.
As pibidianas do Curso de Pedagogia de Naviraí apresentaram ao grupo de Dourados novas possibilidades e caminhos para desenvolvermos as atividades do Pibid.
Ao mesmo tempo, vivenciaram momentos com as crianças do Avani: experenciaram uma leitura na biblioteca, observaram fragmentos de uma intervenção de alfabetização e participaram do encerramento de uma sequência didática no Pré.
Apesar das especificidades/realidades dos dois grupos Pibid (uma característica nacional), percebi muitos pontos em comum entre as pibidianas da UFMS e da UEMS: a gratidão por estarem inseridas no Programa (apesar das dificuldades); o orgulho de ser pibidiana; a paixão pela educação e o comprometimento para com a sua formação inicial.
Também, em comum, destaco a faixa-etária dos grupos: jovens professoras em formação com um brilho no olhar, indescritível, fortalecido, a cada ano no Programa, pelo trabalho coletivo e pela vontade de fazer a diferença (e de mostrar ao mundo que é possível, sim, fazer essa diferença).
Avalio que momentos como esses "renovam" os grupos, nos motivam a continuar e a superar os eternos desafios da educação.
Mais do que isso, estar junto, sonhar juntos, me permite, particularmente, vusualizar cada vez mais também, assim como ocorre com as acadêmicas, a importância do Pibid para todos que dele participam. É o que nos revelam os relatos: o programa gera aprendizagens para as licenciandas mas, para as crianças e para as professoras que as acompanham, oriundas de diferentes instâncias.
Esta semana algumas crianças que participam do Pibid, especificamente aquelas que frequentam no turno vespertino o Projeto Mais Educação, conheceram nosso blog.
Muitas leram os artigos e visualizaram as imagens.
Aprendemos s, nesse dia, que precisamos divulgar o endereço para as crianças, que elas gostam de procurar notícias sobre sua turma e que estão curiosas para saber o que seus colegas da escola fazem no Pibid.
Dia 10 de novembro
exploramos, com a turma do Pré II B, a canção “La vai Dona Tartaruga”, do Grupo
Curupaco. Objetivamos que as crianças explorassem múltiplas
linguagens, utilizando ocorpo, alguns instrumentos musicais (sopro e percussão)
e a voz.
Iniciamos ouvindo a música,
com apoio do CD e, imediatamente, as crianças a reconheceram: ”Lá vai dona Tartaruga vem andando sossegada...”
Para nossa surpresa, todas se envolveram . A música invadiu o
ambiente e, mesmo sentadas, as criança imitaram as personagens acompanhando o
ritmo com as mãos, com o corpo e cantando fragmentos da letra.
Na sequência, o pandeiro foi introduzido. Como ficaram
agitadas com a novidade, criamos uma técnica: pedimos que todas sentassem com
os olhos fechados para que, quando abrissem, encontrassem um instrumento perto
de si. A empolgação das crianças foi tamanha ao visualizarem os pandeiros, mas
não a qual impediu que explorássemos os sons que estavam distribuídos entre a
turma.
Em seguida, lembramos que a
música tem ritmos e que o grupo deveria observá-lo para acompanhar com o pandeiro.
Para isso, antes de tocar, cantamos a música sem apoio do CD. A inserção das
regras da brincadeira da estátua, que elas aprenderam com a canção “Casa de
Babuê”, foi importante nesse momento e as crianças amaram a ideia de brincar
enquanto tocavam, foi uma experiência importante para elas, mas para nós,
adultos, pois foi algo que não havíamos planejado.
Após termos explorado o
pandeiro, foi a vez de vivenciarmos experiências com alguns instrumentos de
sopro (gaitas e apitos).Da mesma forma, ao entregar os instrumentos à
turma, pedimos que as crianças fechassem os olhos e depositamos a novidade no
chão. Cada uma, imediatamente, quis experimentar o som que o seu apito ou
gaita, o que gerou uma mistura de sons muito confusa na sala. Reorganizamos a atividade,
pedindo que elas ouvissem o instrumento do colega para compararmos os sons, pois
caso contrário, invés de música, com o barulho nós produziríamos ruídos...
Sendo assim, cada grupo de
crianças, com instrumentos iguais, apresentou aos colegas o som que conseguia
fazer com seu instrumento. Isso as acalmou, pois a curiosidade inicial havia
sido sanada. Elas estavam dispostas a brincar, respeitando algumas regras. Depois,
para explorar com a canção selecionada, combinamos que nos momentos nos quais o
ritmo fosse lento, que as crianças imitariam, com seu corpo, o animal
correspondente. A música continha diferentes animais: tartaruga, morcego, caranguejo,
entre outras posições que já brincamos este ano. Algumas dessas as crianças já
conheciam das histórias, mas outras, embora inexistissem, não foi um problema,
pois foram cirandas coletivamente.
Com
a atividade, percebemos que a musicalização realmente explora várias linguagens
e que com uma música as crianças podem ter vários tipos de experiências que
geram aprendizagens.
No dia de hoje, a acadêmica do Curso de Pedagogia da
UEMS, bolsista Pibid, Adriana Pizatto, apresentou hoje uma experiência desenvolvida na Educação Infantil no I Congresso de
Educação da UFGD.
A proposta desenvolvida objetivou que crianças da pré-escola,
da EM Avani C.
Fehlauer, vivenciassem experiências com o corpo, que as
possibilitassem ampliar o repertório musical e participar de leituras. Para
isso, desenvolveu-se uma sequência didática, a qual explorou contos com
possibilidades para movimentos corporais, individualmente e em grupos.
"Vamos brincar com o corpo? o diálogo entre as diferentes linguagens na EI"
Como
resultado, observamos que as crianças apreciaram músicas orquestradas;
brincaram e conquistaram movimentos; exploraram espaços e suportes. As leituras
geraram possibilidades para discussões, ligadas às questões de solidariedade,
respeito, gênero, raça e etnia. Somado a isso, as crianças tiveram
oportunidades para se manifestar e para ouvir o outro.
A acadêmica do Curso de Pedagogia da
UEMS, Juliana
Andrekowisk Couto Mazini, colaboradora voluntária no Pibid UEMS, apresentou, na
tarde de hoje, um pôster que socializa a experiência do Projeto Biblioteca
Viva no I Congresso de Educação da Grande Dourados, na UFGD.
O tema do trabalho discute a articulação da teoria e da prática durante a aprendizagem da docência e aponta as contribuições, geradas às
crianças e à acadêmica, oriundos do
projeto , o qual tem como objetivo inserir atividades de leitura na rotina
escolar da EM Avani C. Fehlauer.
Juliana e seu trabalho, intitulado "Projeto Biblioteca Viva: formando mediadores de leitura".
Os resultados da pesquisa, "A contribuição do Projeto Trilhas para a alfabetização de crianças com deficiência: reflexões do Pibid UEMS, foram apresentados na tarde de hoje no Encontro de Educação da Ufgd.
Parabéns à professora Débora Militão Trindade pela brilhante apresentação.
O estudo descreveu uma pesquisa que investigou a contribuição do
Projeto TRILHAS no processo de alfabetização de uma criança matriculada em uma
Sala de Recurso Multifuncional. A experiência ocorreu, no ano de 2013, em uma
escola da cidade de Dourados.
Como
metodologia, desenvolveu-se a sequência didática do Caderno de Orientação
TRILHAS “Histórias de Repetição”, com apoio da obra “Bruxa, Bruxa, venha à
minha festa”. Respeitando as concepções do TRILHAS, propôs-se no planejamento adaptações
que desafiaram a aluna a superar algumas sequelas oriundas da paralisia
cerebral.O percurso foi
registrado por meio de diário de bordo, bem como de imagens fotográficas e de gravações
de áudio. Os dados foram analisados tendo como fundamentação estudos de autores
que dialogam com a abordagem construtivista de educação.
Como resultado,
evidenciou-se a contribuição do TRILHAS para inserir crianças com deficiência à
cultura escrita, pois, favoreceu a participação da aluna nas atividades, uma
vez que ela teve oportunidades para pensar o texto, criar hipóteses, ler e
construir palavras. Desse modo, verificou-se que as adaptações realizadas no
planejamento revelaram-se fundamentais, visto terem ampliado o envolvimento da
criança no processo de alfabetização da criança, que reconheceu em si
capacidades até então despercebidas.
No
dia 01/09/2015, na Biblioteca Viva, seguindo
com o gênero poético, escolhemos os poemas de Manoel de Barros para explorar
com as crianças. O autor, através de suas poesias, retrata as características
de nosso estado.
Para isso, escolhemos do livro “O Fazedor de Amanhecer” o poema “Bernardo”, o qual relata de uma forma poética a vida e a morte de um senhor que se relacionava de uma maneira especial com os animais. Utilizamos também o CD Crianceiras – Poesias de Manoel de Barros, que contém os poemas musicados por Márcio de Camillo.
Conhecendo o poema.
Apresentamos
Manoel de Barros às crianças, falamos da trajetória de sua vida, e sobre o que ele mais
gostava de escrever. As crianças ficaram surpresas quando souberam que o poeta
que iríamos trabalhar é daqui da nossa região. Grande parte dos alunos não
conhecia seus poemas.
Em seguida, apresentamos o poema,
”Bernardo”. Após a declamação do mesmo, socializamos sobre o seu contexto.
Perguntamos por que Manoel fala que Bernardo virou passarinho e foi para o meio
do cerrado ser um Araquã. Um aluno respondeu: “Porque ele virou um anjo”,
indicando que compreendeu que o autor, de uma forma poética, retratou a morte
de seu grande amigo.
Após
a socialização do poema, projetamos o vídeo do poema cantado. As crianças
cantaram acompanhando a letra em uma folha. Ao final, pediram para repetir. Foi
notável o entusiasmo do grupo.
Como
atividade do poema, propusemos para as crianças confeccionarem as borboletas
e os passarinhos, que iam e voavam para o paletó e para o chapéu de Bernardo,
com desenhos.
A socialização das experiências, vivenciadas nos anos de 2014 e 2015 no Pibid, voltadas à exploração da linguagem musical em articulação com outras linguagens , foi o tema de estudo eleito por Maria Aparecida Duarte Alegre para encerrar seu processo de formação inicial.
O trabalho, intitulado" A ampliação do repertório cultural na educação infantil: desafios do Pibid Uems, foi avaliado pelas professoras Débora de Barros Silveira e Maria Eduarda Ferro, orientado pela profa. Giana Amaral Yamin.
Maria Aparecida Duarte Alegre e sua explanação.
banca examinadora, acompanhada das futuras pedagogas Nair e Maria Aparecida
Juliana Mazini (3 ano da Pedagogia Pibid/Pibic UEMS)
Na semana
passada iniciamos na Biblioteca Viva o trabalho com contos rompendo com a ideia,
presente na cabecinha da maioria das crianças que participam das atividades, de
que contos estão relacionados apenas a "era uma vez", "princesas"
e "viveram felizes para sempre".
Para isso, propusemos
que as crianças fechassem os olhos e que imaginassem, conforme narrávamos, uma
viagem no tempo para que elas compreendessem o contexto em que os contos
maravilhosos começaram a tomar a forma de livros. Elas passearam por uma
floresta na Europa em tons de cinza, sentiram o cheiro da lenha queimando e ouviram
o barulho das rocas misturado ao riso de mulheres que, enquanto fiavam,
contavam histórias permeadas pela realidade que as envolvia e pelos medos que
sentiam. Depois, souberam que, mais tarde, quando Gutenberg já havia
revolucionado a história com a invenção da prensa, alguns homens recolheram
histórias, que existiam desde o tempo da cena imaginada, e as reuniram em um
livro. Entraram em cena os irmãos Grimm e Charles Perrault.
As turmas aprenderam
que, com o passar dos anos, os contos sofreram "cortes" de cenas
fortes até que chegassem às "versões Disney" e às releituras quase
isentas de maldade, bastante disseminadas nos nossos dias.
Mas a
estrela da primeira semana dos trabalhos da Biblioteca Viva foi quem fez dos
contos a sua própria história (ou da sua história os seus próprios contos...):
Hans Christian Andersen. A obra "A pequena vendedora de fósforos",
mesmo escrita na linguagem de antes de ontem, deixou na biblioteca um silêncio
imperioso, quebrado, às vezes, por um ou outro suspiro e regado por lágrimas.
Um vídeo ilustrativo complementou o trabalho e apresentou outra perspectiva do enredo.
Na
sequência das atividades, a semana que antecedeu a comemoração do Halloween
proporcionou-nos o cenário ideal (e a desculpa perfeita) para convidarmos Jacob
e Wilhelm Grimm para nos contar alguma história -daquelas mulheres fiandeiras
em sua versão primitiva.
Naturalmente,
falar de Halloween com as crianças sem contextualizar sua origem, seus
significados e suas representações seria um crime. Elas precisaram voltar à
Europa Ocidental, serem apresentadas ao povo celta para vislumbrar um tiquinho
de suas tradições, ver chegar às suas terras o Império Romano, enfim... precisavam
ver essa "mistureba" de culturas se esparramar pelo mundo. Isso demandou
uma parada no México, afinal as crianças já conheciam um pouco da relevância da
morte para esse povo porque não deixamos que isso o tema passasse batido quando
lemos a obra "Só mais um minutinho", de Yuyi Morales. Conhecer a
influência dos Estados Unidos também foi fundamental nessa trilha, afinal é de
lá que nós, brasileiros, adotamos essa tradição cultural (um crédito para as
escolas de inglês).
Tudo isso
exigiu a preparação de um ambiente especial. A biblioteca da escola precisou
ser adaptada. A escuridão da sala, forrada por um grosso tecido preto que barrou
a luz das janelas, somada à luz da lanterna, que ora iluminava os nossos rostos
sob contornos distorcidos, ora iluminava alguns "fantasmas-copos"
pendurados no teto, criou um ambiente deliciosamente assustador. O alvoroço das
crianças com a novidade foi inevitável, contudo, com o decorrer das leituras não
tardou a ceder espaço para o silêncio e a atenção.
E os autores chegaram! Vieram nos visitar os irmãos pioneiros dos contos maravilhosos e trouxeram o conto “O pé de zimbro”, com irmão-pássaro entoando a canção "Minha mãe me matou, meu pai me comeu, minha irmã me recolheu...", juntando presentes pelo caminho, dentre os quais a pedra de moinho que lhe devolveria a vida. O tempo das crianças na Biblioteca Viva se esgotou junto com a leitura desse conto e elas nos deixaram. Deixaram também a professora Kátia, nossa supervisora no Pibid, apavorada com a possível reação dos pais no dia seguinte (risos)..
Assim ocorreu com as turmas dos quinto anos. Já com o terceiro... Com o terceiro a gente "pegou mais leve" e deu uma folga para os Grimm. A leveza da leitura, por sua vez, também dialogou com o cenário, com a data e com o ambiente instaurado. "Morto Vivo", de Cristian Santos e Augusto Figliaggi (que saiu daqui de pertinho, da Capital), coloriu o Halloween com a mistura de cores e de culturas, cuja discussão foi oportunizada pela história da tradição em questão. Além de conhecer o Halloween, as crianças descobriram de onde vem o verde enquanto, com tinta amarela e azul, coloriam os paper toys dos protagonistas da história, um suplemento integrante da obra explorada.
Saí da escola com a sensação que há muito tenho experimentado: a de satisfação! A sensação de retomar os objetivos de nosso projeto com as minhas companheiras de trabalho e concluir que estamos no caminho certo, nós, que estamos nos formando educadoras mediadoras de leitura. Com as atividades estamos contribuindo pra que as crianças descubram um mundo sem limites, formem um arcabouço literário e construam ferramentas de leitura para o seu próprio universo e tanto mais...
Semana que vem a Biblioteca Viva receberá o Saci, agarrado no gancho deixado pelo Halloween por uma mão e com a outra trará seu pito... Estou contando os dias!