Denise Yukari Iiyama (III
Ano do Curso de Pedagogia)
Na manhã desta quinta-feira, 04 de maio de 2017, na Escola Municipal Avani Cargnelutti Fehlauer, na sala do
1º ano, dando continuidade à sequência didática, relembramos, com as crianças, das brincadeiras
que a personagem do livro “Ana e seus tapetinhos de ioga (SHARDLOW, 2014) fazia
com o seu corpo. Na sequência, as convidamos, após os combinados, a pintar
usando a técnica do giz de cera derretido para montar uma das partes do arco-íris
que comporá o final da seqüência.
Na
história, protagonizada por Ana, a menina realiza Ioga no seu tempo livre (recreio)
em sua escola. Para isso, a cada dia, ela usa um tapete de cor diferente para suas posições, quando ela se concentra e "viaja pelo mundo". Hoje,
lemos a parte da história na qual Ana usa o tapete vermelho... Assim, depois, desenvolvemos com a turma a técnica com o tom vermelho e suas nuances. O objetivo é montar um arco-íris, assim como ocorre no livro.
Enquanto
experimentavam o desenho, percebi aprendizagens nas crianças. Elas fizeram muitas experiências
com o material. Um dos momentos que me chamaram atenção foi quando uma manina sobrepôs
o giz de cera da cor vermelha sobre o giz de cera da cor branca no desenho de
Henrique. Quando ambos observaram o giz derreter e deslizar sobre a vela branca
disseram: “Olha, se misturar dois vira outra cor!” (se referido à tonalidade rosa),
e “se misturar dois [gizes] a folha fica alta” (notou a alteração da textura na
folha quando passou o dedo em cima do giz de cera derretido
e no papel desenhado, uma consequência da ondulação do excesso de giz ou de
pingos em um único lugar.
Outra criança, no início, não teve
paciência para esperar o giz de cera derreter para, depois, colorir o papel. Assim,
notamos que a atividade, para ele, não estava sendo significativa. Mas, com a
ajuda de professora, ao final, ele notou que “a pressa é a inimiga de tudo”.
Compreendeu que o giz de cera, caso chegasse ao ponto de aquecimento, resultaria
na cor desejada. Dessa forma, o menino finalizou a atividade como todas as crianças.
Henrique
também fez descobertas: percebeu que se segurasse o giz mais tempo perto
do fogo ele “fica preto”, e que se demorasse muito ele vira massinha também” (referindo-se
à textura que o giz de cera adquiriu
quando esquentou demais ). Henrique, ao final, socializou com outro grupo e disse:
“ Olha, profa, a vela do outro lado, tá pequenininha...”. E realmente a vela
estava no final, pois a base se encontrava derretida, com as nuances de várias
cores, tendo a cor vermelha em destaque...
Um aluno com deficiência, neste encontro, foi
incluso com êxito. As crianças que estavam em seu grupo deixaram que ele
pegasse a vela para sentir o que estava acontecendo. O menino possui visão
baixa, e, com o apoio da Pibidiana Adriana e o da professora Cida, realizaou a atividade. Inicialmente, elas encontraram dificuldade, pois, a folha sulfite escorregava
fazendo com que a criança não conseguisse firmeza para fixar o giz,
o que gerou intervenção. Para resolver a questão, Adriana colou a folha, O que
gerou resultados positivos. Essa criança nos ensinou nesse dia,
pois imaginávamos que ele não conseguiria participar e que se assustaria com a
presença do fogo. Com isso, aprendemos que, com ele, podemos desenvolver as mesmas
atividades propostas para a turma, porém com adaptações. Esse momento, para nós, pibidianas,
foi um desafio , porém o resultado foi um incentivo para continuarmos inserindo
novas técnicas de pintura nessa turma e terminarmos o arco-íris e Ana.
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