Denise Yukari Iiyama
(II Ano de Pedagogia 2016)
Em uma tarde de
sábado, 02 de julho, ocorreu em Dourados- MS, na Livraria Conto das Letras, o aguardado
Musical “ O Casamento de Bruxa Onilda”, organizado pelas acadêmicas da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) do Curso de Pedagogia, sob orientação
da Dra. Professora Giana Amaral Yamin.
Próximo às 16h, chegavam à livraria crianças
acompanhados de adultos para prestigiar a
peça. Antes de começar o espetáculo, para aguardar a chegada de todos as
“bruxetes” (personagens ajudantes da protagonista Bruxa Onilda, o grupo propôs brincadeiras
aos que ali estavam. Foram cantadas as músicas “João roubou pão”, para que as
crianças pudessem se conhecer e dizer seu nome; “Da abóbora faz melão”, a qual favoreceu
interação do grupo e “Joãozinho trabalha com o martelo”, para que todos
pudessem se “aquecer” para o início a peça.
De repente, começou a história. Surgiu no alto da
montanha uma Bruxa, uma visão que levou
as crianças “pregarem os olhos” em cada detalhe. A bruxa se aproximou do
cenário, perto da plateia, desceu pelas escadas para faxinar seu castelo.
E foi nesse momento que começou a emoção. Bruxa Onilda,
no decorrer dos dias, recebeu inúmeros pretendentes para pedir sua mão em
casamento. Do mais assustador, como o senhor Fantasm; o Vampiro, que de sua
boca derramava sangue; o valentão Lobisomem; o Frankstein (confundido com o
Hulk ) ao Esqueleto, rejeitado por
Onilda, por possuir um cachorro que poderia ser comido pela esposa. Ah, também recebeu
a visita da Múmia, coitada, nem ela sabia que era tão enrolada!.
No decorrer do enredo, com a vinda de cada personagens,
as crianças ofereceram conselhos à Bruxa:
-Nunca mais aceite
eles!
- Melhor, ninguém!
- Além de não te
conquistar, faz mais sujeira pra você limpar!
Disse um menino sentado na primeira fileira.
A plateia percebeu que a Bruxa iria ficar sozinha
mesmo , e quando a narradora perguntou o que a Bruxa iria fazer
ao dispensar mais um candidato, as crianças imediatamente responderam:
- Faxina...
Quando mais nada parecia dar certo, eis então que surgiu,
bem lá no alto, no topo da montanha, um Bruxo garboso que dominava os segredos
de feitiçaria, assim como a Bruxa Onilda . O amor surgiu no ar. Flores foram arremessadas
e um poema foi declamado, uma situação que motivou a participação das crianças.
Muitos gestos e palavras à Onilda: “Casa logo”!
Não foram só as crianças que estavam emocionadas.
Entre as vozes dos pequenos, ouvimos uma voz adulta. Era a de uma mãe que, lá
do fundo, gritou: “Vai ficar encalhada se não casar com ele”!
Como a Bruxa não resistiu ao pretendente, As Bruxetes,
ajudantes da Bruxa, prepararam o local onde ocorreria a cerimônia. Enfeitaram as escadas, recepcionaram os convidados. Duas
crianças participaram da cerimônia como o noivinho e a daminha de honra . Todas
as crianças quiseam participar desse momento:
- Me chama, eu
quero.
-Posso ir também?
Mas, quando
parecia que teríamos um final feliz, uma notícia muito triste foi anunciada
pela narradora: o tão esperado casamento não aconteceu. Foi o momento da peça
no qual , no mesmo dia, a Bruxa passou de solteira para casada e de casada para
viúva.
Com tudo isso,
vocês pensam vocês que Onilda se entregou? Não! Ela era uma mulher forte,
independente. “Sem abaixar à cabeça”, Onilda encerrou a faxina do seu castelo e
saiu voando com sua vassoura para conhecer o mundo afora e fazer amigos. Querfinal
mais surpreendente?
Foi desse jeito que “Nossa história entrou por uma
porta e saiu por outra, quem souber que conte outra. ” Ao término, as crianças se
aproximaram de todos os personagens para uma sessão de fotos.
O Musical contribuiu para a ampliação do repertório
cultural das crianças que nos prestigiaram, e para nós, futuras professoras,
foi uma grande experiência. No fim da peça o que fica foi um “gostinho de quero
mais”. Um menino olhou para a narradora e disse: “Já acabou?”.
Nós, pibidianas, percebemos que as sensações de
vergonha, de ansiedade de que nada daria certo, que nos acompanharam até então,
simplesmente desaparecem. Fomos tomadas pela emoção. Mesmo conhecendo as
músicas “de cabo a rabo”, as quais compõem o musical, sentimos novamente aquele
“friozinho na barriga” e aquele arrepio quando ouvimos uma boa música.
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