Adriana Pizatto (II ano de Pedagogia)
Dia 21 de Junho de 2016. Estava uma manhã
fria que nos "convidava" para ficarmos quietinhos.
Porém, nosso planejamento estava recheado de músicas e brincadeiras, o que exigiu muitos movimentos, a começar pela história escolhida, “A Nuvenzinha
Triste”, que possuía músicas no enredo, a maioria com ritmo agitado.
Durante a exploração da história, as crianças
se envolveram. Sem se importar com o frio, fizeram os movimentos para imitar a
nuvem quando queria se transformar em outra coisa: “a nuvenzinha espichou e encolheu, espichou e
encolheu e se transformou”.
Ao termino da história, as crianças se
colocaram de pé e começaram a dançar as músicas que fazem parte do enredo. Isso
não estava no nosso planejamento. Não imaginávamos que elas fossem interagir de
tal forma com as músicas e nem que haveria necessidade de propiciar-lhes tal
momento. Cada uma criou seu próprio modo de dançar, algumas fizeram duplas,
pois, para elas assim seria o modo correto de dançar tal ritmo.
Seguindo com nosso planejamento, relembramos
com as crianças a música “Os bichos dormem”, a qual também exige movimento,
pois, tem “bicho que dorme em pé, tem bicho que dorme deitado e tem bicho que
dorme até sentado”. Durante a música, brincamos com o corpo. As crianças se divertiram,
fizeram todos os movimentos, não queriam perder nenhum. Ao final da música
pediram que repetíssemos, pois, queriam brincar novamente. Assim, o fizemos.
A próxima música selecionada em nosso
planejamento foi a “Rola Bola”, a qual utilizaríamos um pano grande, com várias
tiras. Nossa ideia era pedir que as crianças segurassem o pano e, no decorrer da
música, jogaríamos uma bola e elas não poderiam deixar a bola cair do pano.
Para isso não seria necessário utilizar força, e sim se movimentar conforme o
ritmo.
As crianças não conheciam a música, pedimos que
elas deitassem e que fechassem os olhinhos para sentirem o ritmo e a
conhecessem. Algumas começaram a rolar no chão como se fossem a bola mencionada
na música. Com isso, percebemos que elas criaram uma forma de brincar.
Quando lhes mostramos o pano, o material da brincadeira,
as crianças ficaram encantadas. Quiseram tocar nas tiras, entrar embaixo e
descobrir a sensação. De início, não permitimos que elas fossem para debaixo do
material, pois, queríamos que elas vivenciassem o ritmo da música e o movimento
que a bola faria. Elas acharam divertido o movimento que a bola fez em cima do
pano, riram e disseram umas às outras: “cuidado pra não cair”, “vai devagar”,
“joga pra mim”. Em todo momento interagiam.
Já na segunda vez que brincamos, pedimos que um
grupo pequeno de crianças fosse pra debaixo do pano para que pudessem ter uma
sensação diferente. Percebemos que as crianças queriam puxar as tiras, algumas queriam
chutar bola que estava rolando em cima do pano. Outras, simplesmente, fecharam
os olhos e sentiram as tiras em seu corpo. No decorrer, fizemos o mesmo com o
outro grupo de crianças.
Ao término da brincadeira, perguntamos o que
sentiram e as respostas foram fascinantes. Nos disseram: “faz cosquinha”, “é
tão macio”, “é bem colorido”, fez cosquinha no meu olho” e “senti o chão tão
macio lá embaixo”. Percebemos que cada criança explorou de uma forma e cada uma
teve uma sensação diferente.
A última brincadeira escolhida foi com a música
“Pano encantado”. Apresentamos a música para as crianças. Devido ao áudio não
estar adequado, decidimos brincar para que conhecessem a brincadeira. Então, as
crianças ficaram encantadas. Ao final, bateram até palmas e nos disseram que
gostariam de brincar também. Infelizmente, avaliamos que a quantidade de panos individuais
foi insuficiente para a quantidade de crianças. Improvisamos. Pedimos que elas pegassem
suas blusas de frio e utilizamos um outro pano maior como apoio, no qual as
crianças dividiriam para brincar.
No decorrer da brincadeira percebemos que as
crianças estavam felizes, pois tinham adultos mediando a brincadeira e, também,
pelo fato de o pano poder “se transformar” em várias coisas. Tivemos uma
preocupação com as crianças que dividiriam o pano maior, porém, todas
participaram de forma igual, o dividiram sem nenhum problema e uma cooperou com
a outra para que juntas conseguissem o objetivo. Perguntamos a elas o que elas
queriam que o pano fizesse, e então cantamos: o pano encantado fez uma saia bem
bonita, um chapéu bem bonito e uma capa para voar.
A prática de hoje nos levou a pensar o quanto a
música e a brincadeira são importantes na Educação Infantil e devem, sim, fazer
parte do cotidiano da escola, pois, na Educação Infantil se aprende brincando e
o que é importante é o desenvolvimento da criança.
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